Segunda Semana do Curso de Professora de Yoga: o Corvo!

Lembram-se daquele filme dos anos 90: O Corvo? Apesar de já não o ver há imensos anos, recordo-me bem de algumas passagens e, possivelmente, irei revê-lo em breve. E o que tem O Corvo a ver com Yoga? Bem, o filme não tem nada, excepto na minha imaginação cinéfila, mas Corvo é uma das posições de Yoga. É uma posição algo desafiante! Esta semana, uma das aulas, foi um desenvolvimento crescendo de trabalho muscular até chegarmos a esta posição. O nosso Professor Johnny disse, entre outras coisas “Estas poses são metáforas para a maneira como encaramos a vida”. De alguma forma, aquilo ressoou no meu coração e essa foi uma das aulas mais bem sucedidas que tive nesta jornada.

Segundo Johnny, para se realizar o Corvo são necessárias três características: força, conhecimento e coragem; sendo que um excedente numa delas pode compensar a falta de uma das outras. De facto, ao reflectir um pouco sobre estas palavras, constato não só que são verdadeiras, como realmente a maneira como encaramos cada uma das poses durante a aula é um pouco como a dança da vida. Não são os naturais altos e baixos que fazem a diferença, mas sim a nossa atitude em encarar cada um dos desafios que nos surgem e manter a resiliência nas poses mais complicadas até nos sentirmos mais e mais à vontade com cada uma dessas experiências.

Outra coisa que se tornou clara esta semana, foi o stress crescente devido à nossa preparação para o exame final (o nosso exame final é dar uma aula). A energia na sala estava claramente pesada, especialmente na Quinta-feira. Eu tive de tirar um momento para mim própria, caminhar na praia enquanto escutava a maneira mais fácil de mudar de humor: MÚSICA e escrever um pouco no meu diário. Porquê que eu sou sempre tão sensível à energia que me rodeia? Como é que podemos criar um campo energético que é tão forte que a nossa paz e calma interior não é afectada pelas ondas à nossa volta? Depois de pensar um pouco sobre isto (bem, eu já pensei nesta questão várias vezes, em diversos momentos ao longo da minha vida), compreendi que a resposta estava dentro de mim. Tenho de estar tão centrada e num estado de paz tão grande que encontro essa calma que procuro dentro de mim própria, independentemente do que quer que me rodeie. Isto é realmente o trabalho de uma vida.

Outra coisa que o Johnny disse que também ficou comigo e deixo convosco para esta semana foi: “cada dia quando acordamos temos de nos re-comprometer com a pessoa que queremos ser”. Cada dia! Um dia de cada vez! Um momento de cada vez “re-comprometer com a pessoa que queremos ser”!

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