Kung Fu: o lado negro e a luz!

A beleza do Kung Fu é que é claramente uma ferramenta para enfrentar esta batalha. Tem vindo a ser usada durante séculos por monges para re-estabelecer a ligação mente, corpo, espírito: a união da tripla equação (ou como eu aprendi em criança: Pai, Filho e Espírito Santo). Não é por acaso que as origens do Kung Fu retomam a Bodhidharma que tinha um conhecimento profundo em Yoga. As raízes destas artes são as mesmas e cada uma delas desenvolveu-se em estilos diferentes que se adaptam a necessidades diferentes e evoluíram com as circunstâncias do mundo e das suas pessoas. Perfeccionismo, impaciência, frustração, dúvida, medo: eu consigo senti-las a desaparecer à medida que fecho os olhos, respiro profundamente e pratico o Shuang Yang. Quanto mais treino, melhor me sinto! É um sentimento muito poderoso diferente de qualquer outro que tive antes.

 

Apesar de só ter passado uma semana desde que iniciei o Programa Shaolin Warrior, o tempo aqui parece passar de forma diferente. É como se um dia fosse dois dias ou mais, porque é longo e recheado de actividades e também talvez porque já não estamos habituados a viver cada momento com presença e apreciação por cada detalhe da experiência de estar vivo. Eu sabia quando me inscrevi que haveria muito suor e lágrimas! Eu sabia que necessitaria de muito sentido de humor para conseguir atravessar os treinos e, honestamente, essa é uma das principais coisas que me mantém na corrida (nada como um sorriso para enfrentar qualquer demónio, certo?).

À medida que as gotas de suor escorrem pela minha coluna e as lágrimas ocasionalmente percorrem o meu rosto, eu sei que – como o meu Instrutor favorito disse – eu tenho de confiar no processo. Isto não é algo que acontece da noite para o dia e vamos relembrar-nos que Kung Fu significa trabalho árduo durante um longo período de tempo. Por isso acho que a época do guerreiro está aberta! O que mais me assusta é que pode ser (é) uma jornada interminável. Terei força para continuar? Terei a resiliência necessária como o Wallace tinha em Braveheart? Acho que só há uma maneira de descobrir: confiar no processo!

 

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