A Maria João Angélico é uma terapeuta poderosa com enorme capacidade de empatia. Na sua presença eu senti-me leve e serena, pois a sua voz transmite muita paz e apazigua os estados mais tempestuosos.
Fiz a meditação do resgate do animal do poder, um evento que muito me empoderou e me ajudou a conectar-me mais comigo própria e com a natureza. Recomendo a todas as pessoas que sentem falta de vitalidade, força ou confiança para enfrentar qualquer questão.
Também fiz o mapa astral kármico que me ajudou a compreender-me melhor e a analisar determinados aspectos da minha pessoa sob uma outra luz, algo que contribuiu bastante para a aceitação e, consequente, paz de espírito, revelando-se uma ferramenta útil no meu dia-a-dia na maneira de agir e na atitude perante os acontecimentos diários!
Em ambas as sessões a presença xamânica da Maria João irradiou luz e contagiou com paz interior, tornando-a portanto a terapeuta ideal para assistir durante este tipo de trabalho.
Na primeira entrevista, a Maria João partilhou um pouco sobre o seu percurso da Engenharia ao Xamanismo, nesta entrevista, partilha connosco sobre algumas das outras terapias que disponibiliza na sua prática.
1 – Que outras técnicas são complementares ao Xamanismo e podem ser usadas na evolução espiritual?
Há várias técnicas, áreas e até técnica nenhuma para podermos evoluir espiritualmente. Costumo dizer que a pessoa que vive lá no campo a semear as suas batatas e sem qualquer formação pode ser a pessoa mais espiritual, pela sabedoria interna que possui. De qualquer forma, hoje em dia temos ao dispôr um leque muito variado de métodos para nos ajudar neste caminho do autoconhecimento e desenvolvimento pessoal.
Trabalho com ferramentas que me têm ajudado nesse processo, como a Astrologia Kármica, o Reiki, o Xamanismo, o Tarot e a Mesa Radiónica Cósmica, são as áreas com as quais mais trabalho no momento, as Constelações Familiares são outra área muito poderosa na qual tive oportunidade também de fazer toda uma aprendizagem e viver experiências muito enriquecedoras.
No meu site, que convido a visitarem, podem encontrar a descrição do meu trabalho e destas ferramentas.
2 – De que forma é que se afere qual ou quais as técnicas mais adequadas a determinada pessoa ou situação?
A técnica adequada a cada pessoa é uma descoberta pessoal. A pessoa tem que se sentir chamada e experimentar, ver o que lhe faz sentido e como aquilo a pode ajudar a encontrar-se. Eu já experimentei muita coisa e houve áreas que não me identifiquei, mas que também me ajudaram a perceber que não era por ali. Outras precisei delas num determinado momento da minha vida, mas depois deixou de fazer sentido. Tudo é cíclico e tem uma função num determinado período da nossa vida.
De qualquer forma, também temos que avaliar o estado em que a pessoa nos chega, por vezes há pessoas que vêm num estado emocional de grande instabilidade, muito desalinhadas e nessas situações aconselho primeiro fazer uma terapia que possibilite uma limpeza energética e um alinhamento dos chakras para poder estabilizar a pessoa. Depois desta fase, introduzem-se outras áreas de estudo pessoal como por exemplo a Astrologia, com a leitura do mapa astral, e aí a pessoa já se encontra equilibrada e focada para poder absorver e integrar toda a informação que lhe vai ser transmitida.
O mapa astral é a fotografia do céu no momento em que a pessoa nasceu, a leitura que faço do mapa é uma leitura kármica, onde falo de algumas experiências que o espírito teve em vidas passadas, de padrões que trouxe para esta vida, crenças limitantes, medos, bloqueios e os desafios a serem superados, assim como os dons e potenciais que a pessoa desenvolveu e que tem agora ao seu dispor nesta encarnação. Ajuda a compreender porque atraímos determinadas situações e pessoas para a nossa vida e a função que têm no nosso crescimento espiritual. Este entendimento permite-nos aumentar o nível de consciência sobre nós e o nosso percurso de vida levando-nos a estados de maior aceitação e paz interior.
O animal de poder considero uma ferramenta também de autoconhecimento, pois relacionam-se muito com a nossa missão de vida, com as aprendizagens a serem feitas, e com caraterísticas nossas e também com o nosso lado sombra. É muito interessante estudar o animal, ver como se comporta na natureza, pontos fortes, fragilidades, como resolve determinados desafios e a partir daqui termos uma imagem de nós próprios e até descobrir recursos em nós que não conhecíamos até então e que podem ajudar-nos a lidar com os desafios que trazemos.
3 – Ainda há um certo estigma por parte da sociedade relativamente a estas técnicas por falta de conhecimento. Que passos podem ser dados para colmatar essa lacuna?
Esta área tem ganho mais terreno na sociedade nos últimos anos, mais aceitação e cada vez mais as pessoas vêm experimentar e desfazem alguns estigmas ou resistências que tinham. Cada vez mais as pessoas também têm assumido isto como um caminho de vida e fazem disto a sua profissão, ultrapassando muitas questões de insegurança, medos, crenças e a própria sociedade. Há muita divulgação destes trabalhos através de todos os meios que nos são disponíveis hoje. E sinto que é apenas continuar neste alinhamento e continuar naturalmente este crescimento.
Embora também acho que não temos que incutir nada a ninguém, nem ter a necessidade de provar o que quer que seja, é algo que tem que ser experienciado e que naturalmente vai fazer sentido ou não. Como dizia há pouco, as pessoas para evoluírem não têm que vir necessariamente ao encontro destas técnicas mais holísticas, pode ser um processo que se dá naturalmente dentro delas com as situações que a própria vida cria. Digo muitas vezes que a verdadeira espiritualidade está “lá fora” perante a vida e as pessoas que nos rodeiam diariamente, aí é que é a grande prova. Deste lado “daqui” apenas funcionamos como facilitadores do processo e disponibilizamos técnicas que podem ajudar a dar mais lucidez ou de forma mais rápida (por vezes). Podemos sempre evoluir pela dor ou pela consciência e quando temos consciência a dor aceita-se e vive-se de uma forma completamente diferente, num ato de amor.
4 – Como se podem formar facilitadores e pessoas que trabalhem e liderem estas áreas? Que características são necessárias para enveredar por este caminho?
Quem está disposto a trabalhar nesta área tem que ser muito fiel a si próprio, à sua essência e estar alinhado com o seu propósito de vida. Para isso os facilitadores têm que passar eles mesmos por um processo muito forte de autoconhecimento e desenvolvimento pessoal. Aquilo que vão fazer com outras pessoas têm eles que o ter feito primeiro consigo próprios. Eu também acredito que só conseguimos levar os outros até onde nós já fomos, para além disso, não sabemos ou ainda não conhecemos.
Agora, quem regula isto, ninguém, nem há nenhuma entidade que o faça. Qualquer pessoa pode iniciar este trabalho como e quando quiser, nas condições que entender, está entregue ao Universo, à Lei do Karma (ação/reação) como todos nós em qualquer circunstância de vida. O retorno e a resposta vêm à superfície um dia, pelos movimentos naturais da própria vida que se encarrega sempre de equilibrar tudo.
5 – De que formas é que cada pessoa pode trabalhar para apurar a sua intuição?
Há muitas técnicas que podem ajudar a desenvolver a intuição. A meditação para mim é das melhores, pois treina-se o esvaziamento da mente que é a morada do ego e que não nos deixa ouvir a intuição e este método também nos coloca num maior estado de recetividade e quietude, fica-se mais atenta.
Por norma abusamos do hemisfério esquerdo do cérebro que é o lado da lógica e do pensamento analítico e não se valorizava tanto o hemisfério direito que está ligado à intuição, à criatividade e às emoções. Tudo o que possa ajudar a desenvolver o hemisfério direito ajuda a melhorar a intuição. Quando nos tornamos seres mais emocionais, sem receio de expressar as nossas emoções e dedicando-nos a atividades mais criativas. A intuição está ligada ao elemento fogo, a observação deste elemento na natureza e criar conexão com ele ajuda-nos a entrar em contato com a nossa intuição.
Aproveito e deixo aqui a referência de um livro muito bom que se chama “Intuição” do Osho, onde há grande desenvolvimento deste assunto.
6 – Que mantra(s) diário(s) são um grande apoio para quem está no caminho da evolução espiritual?
Do que eu tenho observado, nem toda a gente se identifica com esta disciplina espiritual, os mantras. Na minha opinião, não são estritamente necessários a quem está neste caminho, até porque este caminho, podem ser muitos caminhos e os mantras são um deles. Para quem se identifica e eu em determinadas fases ou momentos também os uso, o mantra é uma frase que deve focar sempre algo que quero atingir e deve transmitir uma vibração positiva. Podemos criar os nossos próprios mantras com aquilo que queremos trabalhar no momento dentro de nós. Eu gosto muito de dizer ou pensar, “Eu estou em total equilíbrio e paz interior comigo e com tudo o que me rodeia”. Na realidade é esse o principal objetivo, é estar em paz interior, pois se assim for, não importa o que se está a viver, o que nos rodeia, o que possuo ou não possuo. Muitas vezes o ser humano deseja ter aquela casa, aquele carro, aquela pessoa, aquela viagem, aquele conhecimento, no fundo para quê, para sentir aquela emoção ou estado de espírito de bem-estar, felicidade, de paz…então, porque não pedir logo isso diretamente…é mais fácil 😉
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Obrigada querida Natália pelo teu excelente trabalho, pela tua entrega de alma e coração e pela tua genuinidade <3